lunes, 17 de enero de 2011

Matemática interna

Menos. Quero menos. Quero querer menos.

Quero não querer nada. Poder dizer: "Não quero nada, está tudo bem assim".

Não quero que ela me explique por que terminou. Não quero que me perguntem por que me fui. Nada, não quero nada.

Quero trabalhar menos, dormir menos, comer menos, pesar menos, doer menos, falar menos, esperar menos.
Menos, quero menos.

Quero menos problemas, menos preocupações, menos vontade de solucionar tudo. Menos autocrítica, menos pensar: "Será que...?"

Uma vida simples, a la Frankie & Johnny. Nine to five is all right. Trabalhar, ver TV, comer, dormir.
Passear o cachorro, caminhar no parque, escrever um poema, ler um livro. Mais, quero mais disso. Mais sossego.

É a matemática interna, o multiplicar-se em três para tentar fazer tudo ao mesmo tempo, o dividir-se em mil para tentar agradar a todos, o subtrair tesão para forçar-se ao que não quer, adicionar problemas que a princípio nem são meus.

Menos, eu quero menos. Quero querer menos.
Não quero sequer explicar o porquê desse texto.

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